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| Chuva e estratégia levam Ricci e Derani à terceira vitória no GT3 |
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Dupla da equipe CRT Brasil carrega 60kg de lastro nessa etapa, e teria dificuldades em vencer com pista seca. Mudança do clima ocorrida na volta de apresentação, e agilidade da equipe na troca de pneus, no entanto, colocou os pilotos na liderança da prova
Santa chuva, e santa estratégia. Esta é a frase que define com perfeição o sentimento de toda a equipe CRT Brasil na tarde deste sábado (27), após a conquista de mais uma vitória da dupla Cláudio Ricci e Rafael Derani na temporada 2009 do Itaipava GT3 Brasil.
Correndo com 60kg de lastro em razão das vitórias obtidas nas primeiras etapas do campeonato, a dupla da CRT já tinha admitido que enfrentaria dificuldades para voltar a vencer neste final de semana, mas acabou premiada pela chuva que surpreendeu a todos no Autódromo José Carlos Pace pouco antes de ser dada a bandeira verde.
Antes dos pilotos fecharem a volta de apresentação, o início de um leve temporal mudou completamente a história da prova, e fez valer a estrela da dupla de pilotos que, após a quinta corrida do ano, passa a somar três vitórias no campeonato.
Mas a água, vale ressaltar, não foi a única responsável pela vantagem conquistada por Derani e Ricci no início da corrida deste sábado em Interlagos. A vitória da dupla foi fruto, também, da estratégia montada pela equipe e pelo rápido trabalho dos mecânicos da CRT na troca dos pneus de seus dois carros.
"É ótimo voltar a vencer, tanto eu quanto o Rafael fizemos uma boa prova, mas 80% desse resultado devemos a nossa equipe”, disse Cláudio Ricci, que guiou a Ferrari F430 #03 na parte final da prova. "Paramos para a troca de pneus no momento certo, antes mesmo de ser dada a largada, e a troca em si foi incrível. Saímos do box com uma vantagem de mais de 11s para o segundo colocado, e isso foi determinante para a vitória”, completou.
Elio Seikel, engenheiro que definiu com Rafael Derani a estratégia de parada no início da prova, classificou como "natural” a decisão de retirar os pneus slick naquele momento, e ressaltou o bom trabalho dos pilotos na corrida deste sábado.
"O Rafael fez uma grande prova, já que a pista estava em condições críticas no início da corrida. Recolocamos a Ferrari na pista com uma boa vantagem, mas ele construiu a vitória no início abrindo uma distância ainda maior para o segundo colocado, apesar das condições adversas da pista”, comentou Seikel.
O turno de Derani foi mesmo o mais crítico do dia, e permitiu a Ricci apenas administrar a vantagem da dupla na parte final da prova. Apesar da aproximação de Allam Khodair, que fechou a disputa na segunda posição, o gaúcho teve condições de administrar o ritmo nas voltas finais – evitando o desgaste prematuro do carro.
"Quando voltei para a pista depois da troca de pneus já estava em primeiro, com uma distância boa para o segundo colocado, e procurei abrir a maior vantagem possível, sem arriscar, para entregar o carro ao Ricci em uma condição mais tranqüila. Dessa maneira, ele pode levar até o final sem passar sufoco”, disse Rafael Derani. "O começo da prova foi realmente complicado, porque não sabíamos como estava de borracha na pista, os trechos que escorregam mais ou menos, mas essa condição sem dúvida ajudou na conquista da vitória”, acrescentou.
O dia também foi positivo para a Ferrari #70 da CRT Brasil, conduzida por Walter Derani e Rodolpho Santos. Eles cumpriram a etapa em quinto na classe Máster, e somaram mais alguns pontos para o campeonato. Estreante na competição, Santos ressaltou as dificuldades enfrentadas pelos pilotos nessa etapa, para controlar carros acertados para pista seca, em condição repentina de chuva.
"Como a chuva começou pouco antes da largada, não houve tempo para adequar o acerto de nenhum dos carros, por isso a corrida foi difícil para todos. Pude acumular um pouco mais de experiência com o piso molhado, e estou satisfeito com o resultado. Estamos bem na classe Máster, e de ponto em ponto vamos melhorando no campeonato”, comentou o goiano.
Com o resultado deste sábado, Rafael Derani e Cláudio Ricci ampliaram para 28 pontos a vantagem que mentem para os segundos colocados – que após essa prova passam a ser Allam Khodair e Marcelo Hahn. Veja como terminou a corrida deste sábado:
1º) R.Derani/C.Ricci (FE, SP/RS), 31 voltas em 1:01:19.144 (média de 130,70 km/h)
2º) M.Hahn/A.Khodair (FE , SP/SP), a 14.264
3º) C.Longo/D.Serra (FE , SP/SP), a 37.635
4º) W.Ebrahim/F.Ebrahim (VI , PR/PR), a 38.742
5º) R.Mauricio/M.Paludo (PO , SP/RS), a 1:05.371
6º) B.Garfinkel/C.Serra (LA , SP/SP), a 1:14.536
7º) W.Derani/R.Santos (FE , SP/SP), a 1 volta
8º) R.Freitas/T.Camilo (PO , SP/SP), a 1 volta
9º) F.Poeta/D.Rosa (FE , SP/RS), a 1 volta
10º) N.Merlo/R.Stumpf (VI , SP/RS), a 1 volta
11º) R.Matias/M.Stumpf (VI , RS/RS), a 1 volta
12º) P.Queirolo/F.Greco (FE , SP/SP/), a 3 voltas
13º) B.Posses/A.Hermann (PO , SP/SP), a 23 voltas
Melhor Volta: R.Freitas/T.Camilo, 1:45.496 (147,04 km/h)
Confira a classificação do Itaipava GT3 Brasil após cinco corridas disputadas:
1º) Rafael Derani/Cláudio Ricci (Ferrari F430), 94 pontos
2º) Marcelo Hahn/Allam Khodair (Ferrari F430), 66
3º) Clemente Lunardi (Ford GT), 57
4º) Thiago Camilo (Porsche 997), 53
Wagner Ebrahim/Fabio Ebrahim (Dodge Viper), 53
6º) Ramon Matias/Matheus Stumpf (Dodge Viper), 51
7º) Walter Derani/Rodolpho Santos (Ferrari F430), 46
8º) Ricardo Maurício (Porsche 997), 42
9º) Constantino Júnior (Ford GT), 35
10º) Fernando Poeta/Duda Rosa (Ferrari F430), 32
Alceu Feldmann (Porsche 997), 32
12º) Antônio Hermann (Porsche 997), 31
13º) Lico Kaesemodel (Porsche 997), 30
14º) Ronaldo Freitas (Porsche 997), 25
15º) Ricardo Rosset (Ford GT), 22
16º) Chico Longo e Daniel Serra (Ferrari F430), 15
17º) Miguel Paludo (Porsche 997), 11
18º) Chico Serra e Bruno Garfinkel (Lamborghini Gallardo), 10
19º) Nelson Merlo e Renato Stumpf (Dodge Viper), 6 |
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| Rafael Durante |
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