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Equipe ecológica recolhe objetos curiosos
 
Ação ambiental do Sertões também funciona como um sistema de "achados e perdidos”para os competidores, cujos veículos debilitados podem perder peças importantes no trajeto
Há oito anos o Rally dos Sertões realiza um trabalho que vai além da organização da maior aventura off-road brasileira. Com uma equipe especialmente treinada, o evento promove um trabalho ambiental de recolhimento de lixo, peças e resíduos deixados pelo trajeto da competição pelos veículos envolvidos na disputa. É corriqueiro encontrar pelo caminho pedaços de carros, pneus estourados, sacolas plásticas e resíduos de óleo e combustível.

Para isso o serviço – apelidado de "Limpa Trilha” – percorre todo o trajeto utilizado pelos participantes do rally. E alguns deles, segundo Carlos Andrade, o "Carlão”, um dos responsáveis pelo trabalho da equipe ambiental, são curiosos. "Além de recolhermos todo o lixo que fica pelo caminho, funcionamos também como uma espécie de ‘achados e perdidos’ do rally”, diverte-se o representante do grupo ambiental Os Canastras, que realiza a ação.

Carlão conta que a perda que mais gera preocupação nos competidores é a do Spy, equipamento localizado na parte de fora do veículo, e que passa via satélite à direção de prova dados como a localização do veículo e sua velocidade. E no caso de a equipe perder o dispositivo, há punição com multa. "Acontece de um carro capotar durante uma especial e continuar na prova, e o Spy fica pelo caminho. Recolhemos depois, no acampamento os pilotos e navegadores vêem desesperados até nós para ver se achamos a peça”, conta. "Com as motos isso é mais complicado, porque o Spy pode se perder no meio do mato, e aí não há como encontrar. Já aconteceu também de encontramos aparelhos GPS nas trilhas”, aponta.

"Já encontramos road books (livro-guia usado na navegação), tanques de moto, rodas, uma infinidade de peças”, afirma Andrade. Mas dois episódios lhe chamam atenção. "Em 2004 aconteceu de alguns veículos – até mesmo da organização – perderem os faróis. E no final do dia lá chegávamos nós ao acampamento perguntando de quem eram”, recorda. "Uma outra vez, fomos informados de que o estepe de um dos carros havia caído. Chegamos ao local e não havia nada. Depois fomos a um morador de uma fazenda nas redondezas e ele havia guardado como recordação” - ri.

Com os veículos que chegam ‘incompletos’ ao final de uma especial, Carlão destaca um episódio curioso. "No ano passado encontramos uma porta no segundo dia de competição. Devolvemos aos donos e dois dias depois, achamos a mesma porta em outra especial”, destaca Andrade, que aponta uma dificuldade: "Acontece muito de encontrarmos rodas de caminhão, que são muito grandes e pesadas”.

Limpeza ambiental e conscientização - Carlão destaca uma novidade no trabalho de sua equipe na edição 2009 do Rally dos Sertões. "Este ano temos um novo produto para absorção de óleo e combustível. Antes usávamos um importado, e agora estamos com um de fabricação nacional que absorve seis vezes o próprio peso e duas vezes mais rápido que o produto anterior”, diz.

"O nosso maior objetivo é a conscientização dos participantes, principalmente como forma preventiva. Também queremos aperfeiçoar o sistema de coleta e o gerenciamento correto dos resíduos”, diz. "Ao terminar o Sertões, a ação ambiental espera tornar todos os envolvidos no evento e as comunidades cada vez mais conscientes de sua responsabilidade”.
Rodolpho Siqueira

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