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ProMacchina, em busca de um título com "gostinho estrangeiro"
 
Bibas / Cavassim em ação no RN 1500, preparação para o Sertões 2009 (Foto: Ricardo Leizer)
Os estrangeiros vão marcar presença novamente na categoria carros na 17ª edição do Rally Internacional dos Sertões. Nomes importantes como o do espanhol Carlos Sainz, bicampeão do WRC, e de Nasser Al-Attiyah, do Catar, que chegou a liderar o Dakar este ano entre os carros a bordo de um BMW, estão confirmados na equipe Volkswagem, atual campeã da prova na geral e atual campeã do Dakar. Além do Brasil, Espanha e Catar, mais oito países estarão representados na prova – Portugal, Alemanha, Bélgica, França, Argentina, Chile, Uruguai e Colômbia.

A boa notícia para os brasileiros é que diferente do ano passado, os competidores estrangeiros não mais serão beneficiados pelas regras FIA (Federação Internacional de Automobilismo) que garantia privilégios aos carros que participavam do campeonato mundial. Além disso, receber Sainz, Al-Attiyah e seus VW Touaregs, é de grande valia para o prestígio do evento.

Porém, com eles na briga pelo título como ficam as chances dos brasileiros? Se a crise abala a participação de grandes equipes mundiais, que dirá o bolso dos times nacionais!

"Equipes oficiais de fábrica sempre serão favoritas ao título pela qualidade técnica dos seus veículos, pelo talento das suas duplas e pelo investimento recebido. A presença deles chama ainda mais atenção quando estamos nos referindo aos atuais campeões do Dakar e do próprio Sertões. Ano passado, Giniel De Villiers venceu a prova com enorme tranquilidade, os carros de sua equipe ganharam todas as especiais e a presença deles na competição alavancou o interesse estrangeiro pela competição", relembra Maurício Neves, piloto campeão dos Sertões em 2007, que complementa, " Claro que não temos bolso para competir com eles. No Brasil a cada dia de corrida fazemos uma manutenção corretiva para sanar os problemas que surgem naturalmente pelo desgaste do equipamento em condições extremas de uso. No caso deles a manutenção é preventiva, quando o carro vai para o apoio trocam tudo que pode vir a dar problema e assim minimizam ainda mais as chances de algum imprevisto atrapalhar o resultado almejado, nenhum brasileiro hoje tem saúde financeira para acompanhar esse ritmo de investimento".

Maurício Neves e seu time, a equipe ProMacchina, são sinônimos de vitórias no Brasil e sabem que um rali como o Sertões se conquista com muito trabalho. Atual campeão brasileiro, ano passado ele deu ao público um gostinho de "eu posso acelerar como eles" quando na disputa do prólogo em Goiânia entrou na pista com o sul-africano Giniel de Villiers e não se deixou impressionar por estar ao lado de um carro considerado "superior" para muitos. Pisou forte, ganhou a torcida brasileira e fez o segundo melhor tempo daquele dia.

"Para ganhar vamos precisar contar com tudo aquilo que um campeão precisa ter: sorte na hora certa e andar rápido com competência. O fato deles terem vindo não quer dizer que já venceram. A prova não começou e o rally é duro. Ano passado tivemos muitos problemas logo nos primeiros dia de competição. Tanto o meu carro quanto o do Fellipe estavam ainda nos ajustes finais de desenvolvimento e praticamente não conseguimos andar no nosso ritmo de prova, por fim acabamos optando por parar. Este ano nossos carros já estão com a receita testada e afinada”, explica Neves.

Para este ano, os preparativos da ProMacchina estão bem adiantados. A equipe estará presente na prova com as duplas Maurício Neves / Leandro Ferrarini, Fellipe Bibas / Emersson Cavassim e com Riamburgo Ximenes / Stanger Eller, dupla atual campeã dos Sertões na categoria Protótipos.

"Do time, sou o único que ainda não conquistou um título no Sertões, portanto meu foco continua sendo vencê-lo mesmo com toda a concorrência estrangeira presente. Me sinto preparado tecnicamente, trabalhei meu condicionamento físico para aguentar bem qualquer tipo de trecho, meu carro está muito bom, conheço bem o Sertões e suas características. Existe uma verdade que transforma o sonho de vitória em possibilidade real, aprendemos pelas trilhas deste país que em um rally tudo pode acontecer. Eu creio nisso e faço minha parte, quando o rally largar a sorte estará lançada e vou apostar na briga pela vitória", disse Fellipe Bibas.

"Quando venci o Sertões na geral em 1999, eu surpreendi a todos, ninguém acreditava que aquele desconhecido vindo lá do Ceará pudesse colocar no bolso os então grandes nomes do rally nacional. Venci porque sonhei, acreditei, trabalhei e não me deixei intimidar por ninguém. Meu time era amador total, meu carro preparado pelo meu mecânico e amigo Beto Salles, que também virou navegador. Naquele ano, lembro de ter vendido meu carro para custear as despesas da prova e fiquei durante um tempo andando na Kombi da minha empresa até comprar um outro carro. De lá pra cá muita coisa mudou, o rally se profissionalizou muito no Brasil, aprendi com vitórias e derrotas também. Mas, por continuar com a mesma visão de 1999, venci em 2004 na categoria Prodution, em 2005 na SuperProdution e ano passado na categoria Protótipos quando muita gente achava que não daria certo. Continuo sonhando, acreditando e trabalhando rumo à conquista de um novo título na geral. Como disse o Fellipe, em rali tudo pode acontecer, e na ProMacchina nós estamos querendo fazer acontecer", comenta Riamburgo Ximenes.
Zarhi El Malek

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