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Otazú completa 30 anos de automobilismo nesta sexta-feira


Otazú 30 anos de automobilismo brasileiro (Foto: Divulgação)

Jornalista e instrutor também já se meteu a ser piloto e chefe de equipe

O dia 15 de maio de 2009 acaba de entrar para a história do automobilismo brasileiro. Não, não é por conta de que duas de suas principais categorias (Fórmula Truck e Stock Car) aceleram em Caruaru e Santa Cruz do Sul, em reles sessões de treinos livres. Mas sim porque um dos mais antigos jornalistas do ramo comemora uma marca considerável. A uma semana de alcançar os 55 anos de idade, o paulista João Alberto Otazú, o “vovô do jornalismo do esporte a motor brasileiro”, completa hoje 30 anos de atividades. “O cara tá ficando velho. Ele tem mais tempo de automobilismo do que eu tenho de vida”, afirma Felipe Mazorca, jovem repórter e assessor de imprensa, considerado por muitos o fiel escudeiro do homenageado e quase ancião periodista.

Tudo começou em 1979, quando Otazú – na época com a duvidosa idade de 24 anos – deu a largada ao iniciar o trabalho de divulgação do piloto Roberto Pupo Moreno, de quem era amigo na cidade de Brasília, onde ambos passaram a adolescência. “O Moreno foi o meu primeiro cliente. A corrida aconteceu só no dia 28, mas eu comecei a trabalhar antes”, garante o sempre precavido jornalista. “Por essa informação dá pra perceber que desde aquela época ele já deveria mandar um monte de texto para a imprensa. Será que alguém conseguiu sobreviver bem a esses 30 anos?”, questiona Mazorca.

Nestas três décadas, Otazú já realizou a cobertura de milhares de corridas em todas as categorias que se possa imaginar, do Kart à Fórmula 1, inclusive fórmula, turismo, arrancada, velocidade na terra, rally, motociclismo e esportes náuticos.
Hoje o jornalista mantém colunas em importantes revistas nacionais (Speedway e Racing), além de já ter tido matérias publicadas e, grandes veículos, com direito a prêmios. “Ele tem fôlego de sobra, isso é inquestionável. Nesse meio tempo uma parte do sangue dele já deve ter virado gasolina, só pode”, aposta Mazorca.

Com suas duas agências de marketing esportivo (Five Star nas décadas de 80 e 90 e atualmente na Mastermidia) ele já trabalhou com pilotos e equipes como Mário Haberfeld, Duda Pamplona, Sérgio Jimenez, Enrique Bernoldi, Ricardo Zonta, Bruno Junqueira, Chevrolet Rally Team entre outros. Atualmente, estão entre seus clientes Átila Abreu, Antonio Pizzonia, Djalma Fogaça, João Paulo de Oliveira, Reinaldo Varela, Victor Corrêa, Rodrigo Barbosa e Goodyear. Um currículo realmente de peso, bem maior do que os quilos que ele perdeu nos últimos anos.

Mas suas atividades não se resumiram às penas, canetas, máquinas de escrever, telégrafos e computadores. Otazú também foi piloto, chefe e dono de equipe e consultor, tanto no kart quanto em fórmula. “Ele diz isso, né? Conta um monte de histórias e tudo o mais. Mas eu nunca vi uma foto sequer, um relato de ninguém, nada. Mas como ele tem credibilidade e eu tenho bem pouca idade, vale a pena acreditar”, completa Mazorca.

Atualmente ele se divide entre cuidar da comunicação de seus clientes, as aulas na Alpie Escola de Pilotagem e seu novo mimo, o Auto Jornal, suplemento de veículos do Jornal O Dia SP. “O que aumentou consideravelmente a minha carga de trabalho”, alfineta Mazorca. “Mas eu tenho que admitir. Além de ser um cara muito legal e companheiro, trabalhar com o Otazú me ajudou e ainda me ajuda muito a ser um melhor jornalista. Além de eu estar próximo de corridas e carro, algo de que gosto muito”, conclui o jornalista de apenas 25 anos. Como ele faz questão de destacar, menos da metade da bem vivida idade de Otazu.

João Alberto Otazu