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Copa Clio - Fogo destrói quatro carros da Paioli Racing

Incêndio no caminhão da Paioli Racing, ocorrido nesta madrugada na rodovia RS 118, é um dos incidentes mais trágicos da história da categoria. Fogo se alastrou rapidamente quando a carreta levando os carros de Marcos Paioli, Edu Garcia, Peter Gottschalk e seu filho, Peter Gottschalk Jr., passava pela cidade de Gravataí. Ironicamente, time tinha acabado de comemorar seu melhor fim de semana na temporada.

Poucas horas depois de conquistar seus melhores resultados na temporada de 2008 da Copa Renault Clio, a Paioli Racing viveu um drama sem precedentes na história da categoria na madrugada da última segunda-feira (13). A carreta que fazia o transporte de grande parte do material de competição da equipe – a maior e mais bem estruturada do campeonato – foi totalmente consumida por um incêndio ocorrido por volta da uma da manhã na rodovia RS 118, na região de Gravataí (RS).

O caminhão levava quatro dos seis carros dos atuais vice-líderes da Copa Renault Clio, além de grande quantidade de peças de reposição, toda a estrutura de box e demais equipamentos do acervo do time. Todo o material pessoal dos pilotos – que inclui macacões, capacetes e demais peças da indumentária de competição –, também foi destruído pelas chamas, que se alastraram rapidamente.

A equipe viajava de Santa Cruz do Sul, a 150 km de Porto Alegre, para São Paulo, após a disputa da sexta etapa da temporada 2008 da Copa Renault Clio. E atravessava um momento de euforia após a conquista da pole position para a etapa do último domingo com o brasiliense Edu Garcia, além de outros bons resultados com seus demais pilotos – entre elas a garota Zizi Paioli, única mulher na categoria, que havia somado seu primeiro ponto na competição.

“Felizmente não houve nenhum ferido, mas perdemos praticamente tudo”, disse o piloto e chefe da equipe, Marcos Paioli. “Quando nosso motorista percebeu o incêndio, só teve tempo de salvar o cavalo mecânico e não pôde fazer nada para evitar que o fogo consumisse todo o nosso material. Dois dos nossos carros estavam em outro caminhão, mas o restante da estrutura da equipe e nosso acervo de peças de reposição encontrava-se na carreta que foi queimada”, acrescentou Paioli.

Ele dirigiu-se ao local do acidente tão logo soube do incêndio, e recebeu o apoio de outros times que, em comboio, retornavam com seus caminhões de Santa Cruz do Sul para São Paulo. “A ajuda dos amigos e colegas de trabalho tem sido fundamental nesse momento de significativa perda para nossa equipe”, disse Paioli. “Não vamos deixar de realizar todos os esforços que forem necessários para repor a equipe em sua plenitude, mas ficamos sem praticamente nada e tivemos um enorme prejuízo financeiro”, acrescentou ele, que recebeu a ajuda da Officer Racing e da Full Time Sports no local do acidente.

O incêndio consumiu os carros do próprio Marcos Paioli, de Edu Garcia, de Peter Gottschalk e seu filho, Peter Gottschalk Jr. Os Renault Clio de Zizi Paioli e Renato Pereira estavam em um segundo caminhão, que escapou do acidente. Garcia, que integra a equipe desde 2002 e viu de perto todas as fases do crescimento da Paioli Racing até sua transformação na maior equipe da Copa Renault Clio, não escondeu a desolação.

“Tenho acompanhado o trabalho da Paioli há quase sete anos, e sei de todo o esforço que vem sendo feito para que a equipe pudesse chegar aonde chegou hoje”, relatou o brasiliense. “Por sorte não houve nenhum ferido, mas teremos um trabalho imenso para reconstruir tudo. Começamos agora uma corrida contra o tempo, para deixar os carros em condição de disputar a rodada dupla de Curitiba, nos dias 15 e 16 de novembro”, lamentou Edu Garcia.

Rafael Durante