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É hora da CBA tomar vergonha na cara |
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Vou começar este texto corrigindo o título dado a ele, já que o correto seria dizer que “Já passou da hora...”. O glorioso Cleyton Tadeu Pinteiro está mesmo brincando de presidir o que outrora foi a CONFEDERAÇÂO BRASILEIRA DE AUTOMOBILISMO, tendo convertido o significado da sigla para “CENTRALIZAÇÃO DA BAGUNÇA DO AUTOMOBILISMO”.
Oras. O cara teve a pachorra de dizer, numa entrevista ao Blog do Luciano Monteiro, que a CBA está “trabalhando para melhorar o kart para médio e longo prazos” (ou alguma baboseira desse tipo), o que me leva a perguntar: esse é o tipo de “trabalho” que estão fazendo pelo esporte que é (ou deveria ser), a base do aprendizado de técnicas de pilotagem e conhecimentos fundamentais de mecânica? Ingredientes que serão fundamentais para que o país tenha um representante “de verdade” numa categoria top, e não apenas caras que, a cada treino para uma nova etapa, realizem “crash tests” dos guard-rails?
Quanto se faturou para realizar o Brasileiro em Eusébio? Mais ainda, para manter a prova na cidade da região metropolitana de Fortaleza, mesmo sabendo que o asfalto usado no recapeamento da pista foi o mais vagabundo possível? E isso já era sabido antes mesmo da realização da fase inicial do certame no Espírito Santo. O que deixa claro feito água da nascente, que teria sim, caso tivéssemos uma CBA com um mínimo de competência, tempo de mudar a sede da segunda metade do “Brasileirão”, evitando-se o grande fiasco iniciado na última terça-feira.
Posso garantir, Senhor Presidente da entidade que enche a boca para dizer ser a promotora do Campeonato Brasileiro, que nenhum dos pilotos ou quaisquer outras pessoas que estão aí em Eusébio foi praí com a intenção de fazer turismo, por mais linda que seja a região da capital do Ceará e suas cidades arredores.
Mesmo que alguem quisesse aproveitar a oportunidade, como pretexto para ir passear nas belas praias daí, teria planejado a coisa diferente. Não arcando, por exemplo, com hospedagem e alimentação para aqueles que trabalham em suas equipes.
Este é o ponto em qual gostaria de dar uma sugestão. Para que a verdadeira palhaçada que você, Pinteiro, e todos os demais envolvidos com esse fiasco, pudessem se redimir pelo menos um pouco: já que por conta de tudo o que aconteceu os gastos das equipes com hospedagem e alimentação de seus ajudantes durante a terça e quarta-feiras significaram jogar dinheiro pela janela, porque não devolver ao menos metade do dinheiro pago pelas inscrições?
Talvez você argumente que “A CBA precisa ganhar dinheiro”, argumento para o qual me cabe perguntar: prá quê?, seria para manter a possibilidade de realizar outros fiascos? Só se for.
Aos pilotos aí em Eusébio, boa sorte. Que consigam pelo menos escapar de ferimentos em razão desta palhaçada armada pela gloriosa CBA. |
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Jorge Kraucher |
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