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Dakar: Ex-campeão mundial, Varela volta a disputar o maior rali do mundo
 
Reinaldo Varela foi campeão mundial de rally cross country em 2001 (Foto: Divulgação)
383 competidores enfrentam mais de nove mil quilômetros por trilhas da Argentina e do Chile

Faltam menos de 10 dias para começar o maior rali off-road do mundo. A partir do dia 1º de janeiro, 383 aventureiros partem de Buenos Aires (Argentina) para a disputa da 32ª edição do Rally Dakar. O percurso total será de 9.030 quilômetros nos 16 dias de disputas pelos mais variados e desafiadores tipos de terreno fora de estrada.

Em sua quarta participação no Dakar, o paulista Reinaldo Varela (Mitsubishi/Pirelli/Itamotors/Blindarte/Divino Fogão) tenta mais uma vez realizar o sonho de alcançar a vitória. “É o maior rali do mundo, a prova mais tradicional. Quero ficar entre os três primeiros, mas sempre vou atrás da vitória”, completou o campeão mundial de Rally Cross Country em 2001, que já chegou em segundo na sua categoria.

Em 2010, Varela vai competir na categoria T2 a gasolina, na qual os carros são originais e de produção comercial. A escolha recaiu sobre o Mitsubishi Pajero Full, que foi preparado pela equipe Rally Brasil. Ao seu lado, ele terá como navegador Erley Ayala, o preparador do carro.

“Nós já competimos juntos no Rally dos Amigos e tivemos um bom entrosamento. Estamos treinando bastante para melhorar ainda mais. E como o Erley é mecânico, isso pode ser um diferencial competitivo na prova”, afirma o piloto que este ano novamente se sagrou campeão paulista e brasileiro de cross country na categoria Super Production.

O piloto da Mitsubishi/Pirelli/Itamotors/Blindarte/Divino Fogão prevê um rali bastante complicado. “O Dakar vai ser sempre difícil. Este ano o percurso vai ser bem inédito, com bastante areia, pedras e quase todo tipo de terreno”, afirma. As 14 Especiais somam 4.810 km.

Para Varela, o trecho mais difícil deve ser o de dunas, que já começam no terceiro dia de rali, entre as cidades argentinas de La Rioja e Fiambalá. “As dunas sempre são complicadas. Existe o perigo grande de atolar. Temos também que nos cuidar com o forte calor do deserto, que pode causar problemas com o motor”, completa.

Mais perto é melhor

Novamente o Rally Dakar será disputado na América do Sul, começando na capital da Argentina, passando pela Cordilheira dos Andes, entrando no Chile, no Deserto de Atacama e depois retornando por baixo a Buenos Aires. O fato de competir perto de casa pode ajudar os competidores brasileiros.

“Ajuda muito, pois os custos são menores, não precisamos ir até a Europa e a África para competir. Com isso podemos investir mais na parte técnica, para ter um carro melhor, mais bem preparado”, afirma Reinaldo Varela, que comandará um Mitsubishi Pajero Full de numeral 363 no Dakar.

Com a proximidade do local de disputas, mais competidores brasileiros terão a possibilidade de disputar o rali. Serão 24 pilotos, navegadores e co-pilotos em todas as máquinas (seis nas motos, um nos quadriciclos, 15 nos carros e dois nos caminhões). Varela acredita que os brasileiros têm boas chances de vitória.

“Acredito que nossas duplas são fortes, com pilotos e navegadores muito competentes. Alguns vão disputar por equipes oficiais de fábrica, e poderão brigar pela vitória na Geral. Mas mesmo quem corre por equipe particular vai lutar para andar na ponta de sua categoria. Vamos torcer por todos os brasileiros”, finaliza Varela, que foi segundo colocado no Dakar de 2001, pela categoria T1.

A dupla Reinaldo Varela/Erley Ayala terá patrocínio de Mitsubishi/Pirelli/Itamotors/ Blindarte/Divino Fogão e apoio Temp Clean.
João Alberto Otazu

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