Após sete etapas, pilotos avaliam seus desempenhos |
Terça-feira, 24 de Junho de 2008 |
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A sétima etapa do Rally dos Sertões, marcada para ser maratona, acabou sendo cancelada pela organização da prova. Mas nada disso tirou a técnica do trecho especial no deslocamento entre Balsas (MA) e Floriano (PI). Após o maior trecho cronometrado da competição, os pilotos se dividiram na opinião, se foi fácil ou um trajeto mais complicado. Para Du Sachs, responsável pela rota dos veículos, quem não tivesse a tocada ideal, ficaria no caminho.
João Franciosi/ Rafael Capoani foi a dupla brasileira melhor colocada (3º lugar) na etapa e segura a quarta colocação nos tempos acumulados. O piloto, que largou atrás nesta etapa, teve a dura tarefa de ultrapassar muitos carros e acabou perdendo um pouco de tempo. “A minha tocada foi bem rápida e conservadora. Mas agora é quase impossível tirar a diferença de tempo acumulado, a tocada do Reinaldo Varela está forte”, lamentou Franciosi.
Para Marlon Koerich, sexto na classificação geral e Reinaldo Varela, terceiro, a especial de hoje foi prazerosa e tranqüila. Marlon, agora que a recuperação dos outros dias com problema. “Preciso recuperar agora, tivemos problema nas três últimas etapas. Queremos chegar todos os dias e ver como ficamos na classificação. O carro está quase 100% e queremos chegar a Natal (RN)”, disse o piloto, que faz dupla com Bruno Mega.
Reinaldo Varela/ Marcos Macedo só teve uma surpresa durante a especial, que quase todos os competidores passaram dificuldades: a lama. Nada que preocupasse muito a dupla. “Correu tudo bem e vamos administrar. Estamos correndo para se manter bem na prova, andando devagar e cuidadosamente”, declarou Varela.
Riamburgo Ximenes e Youssef Haddad concordaram nas dificuldades da especial. O piloto da Workmen Rally Team, que corre ao lado de Stanger Eler lamenta a quebra de uma peça de seu carro, o esticador da correia, que deixou a dupla sem direção hidráulica, resfriamento, freio assistido e bateria. “Realmente um mato sem cachorro. A estratégia mudou, ao invés de partir para a vitória, nos contentamos em sobreviver no rali. Foi uma prova de superação. Fizemos 15 ultrapassagens, amanhã largamos sem poeira e faremos prova administrando”, disse o piloto que ainda sonha com o título geral.
Jean Azevedo/ Youssef Haddad não encontraram mais problemas em seu veículo, apenas a quebra da ponta da alavanca de câmbio, que não atrapalhou a dupla. Na etapa de hoje, o carro da equipe Petrobras Lubrax concluiu a prova na quarta colocação. O navegador Youssef destacou o cuidado para não comprometer o carro na especial. “Estamos andando forte para conhecer os limites do carro, sem se preocupar com tempo. Ele tem potencial, estaria na briga com os Touaregs se não fosse as duas quebras”, afirmou Haddad.
Zé Hélio entre os primeiros - Apesar de chegar atrás do francês Cyril Despres, Zé Hélio confirmou a liderança geral até a sétima etapa. “O rali ta chegando no fim e vou tentar manter a diferença de tempo”, disse o piloto, que gostou do trajeto especial da etapa de hoje.
Sobre o cancelamento da maratona, o piloto achou uma atitude correta da organização. “Já foi uma escolha meio equivocada da organização ter marcado essa etapa, pois no fim do trecho cronometrado tinham 271 quilômetros de deslocamento e se algum piloto quisesse agir de má fé seria muito fácil”, contou Zé Hélio. |
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Ricardo Ribeiro/Ângela Monteiro |
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